PROJETO PEDAGÓGICO: POR QUÊ, QUANDO E COMO – EDUCAÇÃO INFANTIL
PROJETO PEDAGÓGICO:
POR QUÊ, QUANDO E COMO –
EDUCAÇÃO INFANTIL
Cristina Mara da Silva Corrêa e Delba Rejania Santos
Alessandra Latalisa de Sá e Ana Cristina Coura Cheib
Sônia Regina da Silva Souza
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Considerações sobre a organização do Projeto Educacional na Creche Central da USP
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A partir da segunda metade do século XX, foi preciso repensar o atendimento institucional às crianças de 0 a 6 anos, em razão de alguns fatos, tais como: a incorporação das mulheres de classe média no mercado de trabalho, o crescimento rápido e desordenado das grandes cidades e a falta de espaço para brincadeiras de crianças nesses grandes centros. No Brasil, após o regime militar, o atendimento às crianças pequenas é pensado como uma necessidade para crianças carentes, numa atitude especialmente compensatória. A partir dessa concepção, ganharam incentivo do governo as entidades filantrópicas que atendiam as crianças em regime basicamente assistencialista.
Na década de 1970, as teorias de privação cultural contribuíram para explicações simplistas da marginalidade das camadas sociais mais pobres, reforçando, assim, o caráter assistencialista e compensatório das propostas de atendimento às crianças pequenas, oriundas de camadas sociais desfavorecidas.
Por causa desse contexto, as propostas de trabalho, tanto para as crianças em creche, como para as em pré-escolas públicas, centravam-se basicamente nos cuidados higiênicos e alimentares. Paralelamente a isso, houve alguma ampliação do atendimento pré-escolar privado não baseado nas mesmas concepções daquelas orientadoras das instituições públicas. Assim, as propostas de uma educação voltada para a criatividade, a socialização e o