Esse aí
Jorge Coelho Soares*; Ariane P. Ewald**
Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Endere�o para correspond�ncia
RESUMO
A proposta desta reflexão é essencialmente, mas não exclusivamente, epistemológica. Partindo da pergunta "o que caracteriza e termina por construir o objeto de pesquisa das Ciências Humanas e Sociais", os autores fazem uma reflexão inicial sobre como deveríamos nos aproximar dele, tendo como base o pensamento da Escola de Frankfurt, que acolhe e integra também as reflexões de Sartre sobre o tema. Defendendo a idéia de que temos que (con)viver com nossas circunstãncias e compreender o que denominamos como sociedade, defendem que esta aproximação nunca se dará de forma "definitivamente satisfatória". Diante desta totalidade social, movente e cambiante, nos resta o olhar micrológico que pode vir iluminá-la. E que este olhar deve estar atento ao que deixamos "na sombra", o que não se percebe de imediato, pois a realidade social não se apresenta como totalidade iluminada mas como um quadro no qual o "claro e o escuro" disputam a primazia do nosso olhar. Por fim, os autores chamam a atenção que no embate entre a invenção, a liberdade criativa e a tradição, é preciso saber preservar a tensão que se deriva desta embate na esperança de um pensamento não pensado ainda.
Palavras-chave: Escola de Frankfurt, Modernidade, Circunstância, Claro-escuro, Liberdade-criativa, Metodologia.
ABSTRACT
These considerations are essentially, but not exclusively, epistemological. Starting off with the question "what characterizes and finally constructs the research object in the Human and Social Sciences", we argue initially what a first approach to the object should be, in view of the teachings of the Frankfurt School, which nestles and incorporates Sartre´s thinking on the theme. Granting we have both to cope with our