Projeto Oficina Direitos da Mulher
Pré-Projeto para realização de oficina, apresentado à Prefeitura Municipal de Cametá, como justificativa para a contratação de Consultoria para a orientação às famílias beneficiadas.
ABRIL/2011
BELÉM-PARÁ
1. Introdução
1.1. A Temática da Palestra. Em toda a história da humanidade, a mulher foi subjugada tanto como ser feminino quanto como ser pensante. Em sua Teoria das Idéias, Platão reconheceu razão e capacidade às mulheres, bem como o dever do estado de formar e educar suas mulheres. Já seu principal discípulo, Aristóteles, sedimentou uma visão distorcida da mulher, que predominou durante toda a Idade Média. Na Bíblia Sagrada, em seu primeiro livro chamado “Gênesis”, a mulher é construída a partir de uma costela do homem, vindo depois da existência deste, para fazer-lhe companhia. No mesmo livro bíblico, o primeiro pecado do mundo é provocado pelo desejo feminino e pela desobediência de Eva ao oferecer do fruto proibido a Adão.
Antigamente, as mulheres eram tratadas como propriedade dos homens, perdendo assim, a autonomia, a liberdade e até mesmo a disposição sobre seu próprio corpo. Há registros na história de venda e troca de mulheres, como se fossem mercadorias. Eram escravizadas e levadas à prostituição pelos seus senhores e maridos.
O século XX foi definitivo para o reconhecimento de um amplo leque de direitos humanos, responsável por profundas modificações na conduta dos diversos segmentos sociais em diferentes regiões do nosso planeta. Os frutos históricos colhidos pelos movimentos das mulheres no século XX são bastante evidentes. Um dos principais resultados é a positivação dos direitos humanos das mulheres junto à estrutura legislativa da ONU e da OEA, por meio de edição de inúmeras declarações e pactos, a partir de 1948, em que foi publicada a Declaração Universal de