Projeto nas Escolas
O parasitismo intestinal ainda se constitui um dos mais sérios problemas de Saúde Pública no Brasil, principalmente pela sua correlação com o grau de desnutrição das populações, afetando especialmente o desenvolvimento físico, psicossomático e social de escolares. Segundo Santos cols (1990) embora haja uma vasta literatura sobre a importância das enteroparasitoses para a Saúde Pública, e especialmente, em relação a escolares, pouca atenção tem sido dada ao assunto, nos programas de formação de educadores.
No Brasil a doença parasitária ainda tem uma forte ligação entre a condição socioeconômica mais baixa e falta de saneamento básico, estando ligado com a condição que o individuo vive, as condições de alimentação, abastecimento de agua e destinação de esgoto e lixo, associado- se frequentemente a quadros de diarreia crônica e desnutrição, comprometendo, como consequência, o desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais jovens da população (LUDWIG KM ET AL, 1999).
Cerca de um bilhão de pessoas são infectadas por Ascaris lumbricoides, 90 milhões por Trypanosoma cruzi, 200 milhões por Schistosoma mansoni, um milhão por Plasmodium sp., 80 milhões por Taenia sp., e há inclusive a morte de 100.000 pessoas por ano, decorrente das complicações da infecção por Entamoeba histolytica (Neves, 2000). O tratamento para estas parasitoses é baseado nos cuidados de higiene pessoal que impedem a contaminação por contágio direto de pessoa a pessoa ou por meio de água, alimentos e objetos contaminados, acesso a rede de esgoto, tratamento das fezes para impedir a poluição fecal das casas, lavagem de roupas de cama diariamente sem sacudi-las e uso de calçados. As doenças parasitárias estão vna maioria das vezes relacionadas a falta de higiene. Nos países em desenvolvimento a grande prevalência das parasitoses intestinais ocorre porque os benefícios do saneamento não atingem toda a população, nem a das grandes cidades, nem a das