Projeto Extensão a Comunidade
Os critérios que definem os conhecimentos do núcleo comum, central nos currículos, enredam-se com o padrão de poder, de dominação-subordinação nas sociedades, legitimando um saber e negando outros.
A dicotomia entre núcleo comum e parte diversificada estrutura o ordenamento curricular da educação básica. O núcleo comum é pensado em contraposição ao diversificado. Comum ou aquelas verdades, conhecimentos que não trazem as marcas das diversidades regionais ou da diversidade de contextos concretos de lugar, classe, raça, gênero, etnia. Comum a um suposto ser humano, cidadão, genérico, universal, por cima dos sujeitos concretos, contextualizados, diversos. Consequentemente os saberes, conhecimentos, valores e culturas dos outros, dos diversos, não são componentes do núcleo comum; não são obrigatórios.
Ainda faltam avanços para a valorização docente e superação das dicotomias e da inferiorização dos coletivos populares e seus saberes. O movimento docente de educação básica pública ou privada vem colocando no campo político a sua valorização e, consequentemente, repolitizando o trabalho nas instituições públicas.
Outros conhecimentos que também não são reconhecidos e disputam centralidade nos currículos são os produzidos no trabalho humano. Os saberes dos mundos do trabalho, das lutas do movimento operário ou de cada trabalhador, adulto, jovem ou adolescente pelo trabalho estão ausentes do