Projeto de mono
1.1 Considerações iniciais Este trabalho pretende apresentar uma discussão sobre a violência doméstica sofrida pela mulher no seio familiar, e as dificuldades encontradas pela vítima, quanto ao não reconhecimento do crime para fazer o registro, seja por medo, vergonha, ou até mesmo pela ausência do apoio do poder público. Desde os tempos pré-históricos pode-se notar que o homem sempre teve a força física superior ao da mulher. E essa desigualdade com o passar dos anos, só fez aumentar a dominação patriarcal e a submissão da mulher, Sendo assim, era mantida analfabeta, dependente do homem, vivia confinada as tarefas domésticas e era proibida de assumir qualquer papel na sociedade. Com a Revolução Industrial, a sociedade passou por transformações, alterou os valores e as normas sociais, e trouxe o avanço da produção, intensificando a necessidade de mão de obra da mulher para o mercado de trabalho, onde a mesma passou acumular o trabalho doméstico, com a atividade remunerada fora do lar. Entretanto, passou a ter conflito entre os gêneros, pois os homens se sentiram roubados de seus postos de trabalhos, já que as mulheres também assumiram essa atividade remunerada. Nos anos 70, começaram a surgir os primeiros movimentos feministas politicamente engajados em defesa dos direitos da mulher contra o machismo, quando os assassinos de suas mulheres eram impunes ao crime, pois argumentavam legítima defesa de honra. As lutas das mulheres por uma legislação que dessem fim a impunidade da violência doméstica e familiar contra a mulher, fortaleceu-se com os tratados internacionais: a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, mais conhecida como a Convenção Belém do Pará e a Convenção da ONU sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW). Ao tomar conhecimento do caso de Maria da Penha Maia Fernandes, a