Projeto de Lei contra manifestações - Presidente Dilma
Dilma fez o anúncio durante a cúpula bilateral com a União Europeia em Bruxelas. A presidente disse que episódios de violência como o que resultou na morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, são atos “criminosos que não podem continuar”.
A presidente defendeu, no entanto, o direito à livre manifestação pacífica, dizendo que os protestos são um direito consagrado” pela democracia, ressaltando que as autoridades brasileiras “convivem perfeitamente bem com isso”.
“Não se pode, em nome disso (conter a violência), impedir as manifestações”, disse.
Para a presidente, os protestos que têm tomado conta das ruas do país desde junho do ano passado são prova do amadurecimento democrático e econômico do Brasil.
“As manifestações são parte indissociável no processo de democracia e inclusão. Quem tem democracia quer mais democracia, quem tem serviços sociais quer mais serviços sociais. Quanto maior o acesso e mais consciência de seus direitos, mais o cidadão vai exigir”, argumentou.
Endurecimento
Há duas semanas, Dilma e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, já haviam anunciado que seria apresentado - em regime de urgência - um projeto para regulamentar as manifestações de rua.
Na ocasição, Cardozo confirmou que iria propor um endurecimento das penas aplicadas aos condenados por crimes previstos no Código Penal que forem cometidos durante protestos, além do estabelecimento de sanções mais claras para casos como os de vandalismo, lesão corporal e homicídio.
"Há certos delitos que estão (tipificados) no Código Penal, mas que estão ocorrendo em manifestações lícitas, praticados por pessoas que desvirtuam os atos para danificar o patrimônio público e privado, lesionar (outras pessoas) e, agora, lamentavelmente, cometer homicídios", disse Cardozo, no dia 18 de fevereiro, segundo a Agência Brasil.
"Por isso, estamos discutindo uma elevação das penas para esses casos.