Projeto Arte Baniwa
FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS – 1° SEMESTRE/2014
PROJETO ARTE BANIWA
A população Baniwa atual é estimada em doze mil pessoas, que fazem parte de um complexo de vinte e dois povos indígenas diferentes que vivem na fronteira do Brasil com a Colômbia e Venezuela, em aldeias localizadas às margens do Rio Içana e seus afluentes Cuiari, Aiari e Cubate, além de comunidades no alto Rio Negro e nos centros urbanos rionegrinos de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel e Barcelos (AM).
O projeto Arte Baniwa visa organizar o sistema de produção e comercialização de cestaria indígena, gerido pela Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi) que, em sua implementação, conta com o apoio político e institucional da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) e técnico do Instituto Socioambiental (ISA). A cestaria de arumã é uma arte milenar ensinada aos homens Baniwa pelos seus heróis criadores e cujos grafismos foram gravados pelos antepassados nas pedras, para que nunca fossem esquecidos. A cestaria Baniwa é comercializada pelas lojas Tok & Stok em todo o Brasil desde outubro de mil novecentos e noventa e nove, para a indústria de cosméticos Natura, e em dois mil e um iniciaram as negociações com a rede de Supermercados Pão de Açúcar.
Os objetivos centrais do projeto de produção e comercialização são: valorizar o patrimônio cultural, gerar renda para os produtores indígenas e suas associações, contribuir para o uso sustentável dos recursos naturais, a disseminação de uma tradição cultural milenar e identificação de mercados compatíveis com a capacidade de produção das comunidades.
A habilidade para trabalhar o arumã é um saber essencial, pois a taquara é a matéria prima para a produção de vários utensílios domésticos empregados no processamento da mandioca brava, base da alimentação do povo do alto do Rio Negro. Segundo a divisão tradicional do