Projetação e Autonomia
Material exclusivo Ateliê U3BC / Andrade / Rovati
Eis, pois, a tradução subversiva que propomos a partir da leitura de Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire (1996). Na seqüência, um esquema (um índice, nos muitos sentidos) que transcreve todos os títulos e subtítulos dos capítulos e seções da pequena grande obra do pensador brasileiro, encostando, ao lado do ensinar, a palavra projetar e, aqui e ali, incluindo alguma outra necessária para dar sentido e contexto. Sobretudo porque, como disse o poeta
Haroldo de Campos, tão simplesmente: traduzir pode ser "trair", nunca petrificar.
Não há docência/projetação sem discência/aprendizagem (1996:23-51).
Ensinar/projetar exige rigorosidade metódica
Ensinar/projetar exige pesquisa
Ensinar/projetar exige respeito aos saberes dos educandos/da comunidade
Ensinar/projetar exige criticidade
Ensinar/projetar exige estética e ética
Ensinar/projetar exige a corporeificação das palavras pelo exemplo
Ensinar/projetar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação Ensinar/projetar exige reflexão crítica sobre a prática
Ensinar/projetar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural
Ensinar/projetar não é transferir conhecimento (1996: 51-101)
Ensinar/projetar exige consciência do inacabamento
Ensinar/projetar exige o reconhecimento de ser condicionado
Ensinar/projetar exige respeito à autonomia do ser do educando/do sentido de comunidade Ensinar/projetar exige bom senso
Ensinar/projetar exige humildade, tolerância e luta em defesa dos direitos dos educadores/projetistas Ensinar/projetar exige apreensão da realidade
Ensinar/projetar exige alegria e esperança
Ensinar/projetar exige a convicção de que a mudança é possível
Ensinar/projetar exige curiosidade
Ensinar/projetar é uma especificidade humana (1996:102-165)
Ensinar/projetar exige segurança, competência profissional e generosidade
Ensinar/projetar exige