Livros Rochas Sedimentares
I
INTRODUÇÃO
Desde o início da História da civilização que o homem especula sobre os objetos e acontecimentos que o cercam. Como começou o Universo? E a Terra? Por que chove? Por que um vulcão entra em erupção?
Qualquer tentativa que se queira fazer para definir o Universo e, até mesmo a
Terra, é como imaginar a forma e o volume total de um simples iceberg, observandose somente sua parte emersa.
Thales de Mileto (± 600 a.C.), observando os depósitos fluviais da foz dos rios, opinava ser a água o agente formador de toda a Terra. Anaxímenes (± 500 a.C.) atribuía ao ar a formação de todas as coisas. Heráclito (± 500 a.C.) ao fogo. Aristóteles
(± 350 a.C.) interpretou os terremotos como resultantes de fortes ventos dentro da
Terra. Estas eram tentativas de explicar os fatos observados no passado.
Qualquer modelo que se use para explicar a origem do Universo, ou da Terra, deve ter início na observação do binômio:
MATÉRIA x ENERGIA
II
ESTRUTURA DA TERRA
II.1
PROPRIEDADES FÍSICAS DA TERRA
II.1.1 FORMA
Elipsóide de rotação
{
Diâmetro equatorial
→
12.756.776 m
Diâmetro polar
→
12.713.824 m
Tabela 1 - Distância Equatorial e Polar do Elipsóide de rotação terrestre.
1
Muitas foram as interpretações e conceitos desenvolvidos para definir qual seria a forma da Terra. Pitágoras em 528 a.C. introduziu o conceito de forma esférica para o planeta, e a partir daí sucessivas teorias foram desenvolvidas até alcançarmos o conceito que é hoje bem aceito no meio científico internacional.
Dados fornecidos por 13 satélites artificiais, com 46.500 medidas, onde o erro encontrado foi de ± 8 m.
Para um esferóide de 10 cm de diâmetro, a diferença entre os dois diâmetros seria de apenas 1,2 mm, em outras palavras, uma esfera quase perfeita.
A determinação da forma da Terra e de suas irregularidades é, basicamente, estudada pela Geodésia.
II.1.2 VOLUME
Considerando a Terra como uma