programa segundo tempo

Educação e criminalidade são temas recorrentes dentro das ciências sociais. Tema comum para o debate da sociedade moderna e suas contradições. A sociologia, como ciência, nasceu com o desafio de explicar e compreender as contradições, dicotomias, anomalias e disfunções da sociedade na modernidade. E numa perspectiva Durkheimiana, este contexto se aplica as ações praticadas por uma parte da juventude brasileira “empurrada” para a criminalidade e a delinquência. Verificam-se com certa frequência crianças abandonadas circulando nos centros urbanos, ora praticando pequenos furtos, ora no consumo de entorpecentes. E nos meios de comunicação, sobretudo, nas TVs abertas e rádios, são noticiadas cotidianamente essas infrações cometidas por jovens abaixo dos 18 anos. O destaque nas notícias é para os atos mais violentos, associando-os à certeza da imputabilidade penal. Assim, tais casos despertam na população um sentimento de revolta, que no calor do momento, solicita mudanças quanto à redução da maioridade penal, ofuscando a reflexão quanto aos motivos que levam a tais práticas. O caráter imediato na resolução destes fatos esconde um problema sério que ocorre há tempo no país, os déficits nas ofertas dos serviços públicos básicos como: moradia, saúde e educação. No que tange à educação pública ofertada há uma pedagogia que oferece à juventude contradições estruturais visíveis para toda sua formação educacional, invertendo o que Túlio Khan (2014) afirma: “delinquência juvenil se resolve aumentando as oportunidades [educacionais / formativas] e não reduzindo idade penal.” É certo que uma elucidação acerca dos motivos que levam os jovens à prática criminosa evidencia as carências que o Estado possui quanto o preparo desta juventude em questão.
São notórias as falhas no sistema público de ensino nacional, muito já se discorreu sobre este tema. Atualmente o governo federal tenta induzir a permanência dessa juventude nas escolas por meio de programas sociais como o Programa