Programa de conservação auditiva
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O meio ambiente é o local onde se processa a integração harmônica entre o homem e a natureza; é onde se vive e trabalha (COLENGHI, 1997). Segundo Ganine et. al. (2010), os fatores ambientais exercem fortes influências no desempenho do indivíduo, tanto em nível de produtividade quanto de qualidade, pois atuam diretamente sobre seu estado psíquico alterando, de forma significativa o seu comportamento. A diversidade dos processos de produção, os mais variados agentes presentes nos ambientes laborais e os diferentes tipos de equipamentos levam aos riscos ambientais/ocupacionais que diferem entre si em características como intensidade, duração e espectro. A exposição aos riscos ocupacionais pode trazer perda na qualidade de desempenho do trabalho do empregado que resulta, inclusive, no comprometimento da sua qualidade de vida e saúde, incluindo-se os acometimentos por adoecimentos e acidentes de trabalho. Para Russo; Santos (1993), algumas condições de trabalho expõem o homem a níveis elevados de pressão sonora e, quando esta exposição é prolongada e sem efetiva proteção, poderá ocorrer perda de audição, tornando bastante prejudicada a relação do homem com o meio: o indivíduo se isola ou é isolado.
O som é percebido devido a onda sonora que atinge a cabeça, penetra no canal auditivo e atinge a membrana timpânica, vibrando-a. Esta membrana ao vibrar pela pressão dos sons, movimenta 3 pequenos ossos que pressionam um líquido que existe dentro de canais chamados escalas, que fazem parte da cóclea. Este líquido pressionado se movimenta e estimula as células ciliadas existentes numa estrutura da cóclea, chamada órgão de Corti, que transformam a energia mecânica da onda sonora em impulsos elétricos e os transmitem ao cérebro, através do nervo acústico, informando da chegada de um determinado som (SANTOS, M.P; SANTOS, U. P. 2000).
A exposição contínua ao ruído acima de 80 decibéis durante seis a oito horas diárias podem levar um indivíduo a uma diminuição gradual