professora
FRANCO, Maristela Canário Cella
Resumo
A compreensão de currículo é muito precária. Reconhece-o apenas enquanto proposta de disciplinas e conteúdos. A Teoria Tradicional de Currículo tem grande responsabilidade a essa visão reducionista de currículo ao mesmo tempo que conferiu a ele conteúdos implícitos políticos e ideológicos de dominação e padronização. A aplicação prática do currículo tradicional, como prática pedagógica, é visível, mensurável, possível, talvez por isso fortemente presente ainda hoje. A Teoria Curricular
Crítica, preocupada não com objetivos e métodos, mas com as intenções desse objetivos, dos conhecimento e para quem o são, conferem ao currículo um caráter subjetivo, que exige comprometimento docente. A prática pedagógica precisa refletir os fins educativos que se pretende a educação, relacionando-se portanto com o currículo, ou seja, com o tipo de indivíduo que se pretende construir. Esta análise pretende compreender porque as importantes implicações da Teoria Curricular
Crítica tem dificuldade de se concretizar na prática pedagógica.
Palavras-chave: teorias de currículo, práticas pedagógicas, ação docente.
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Quando somos instados a visualizar a prática pedagógica nos remetemos imediatamente a pensar o ambiente da sala de aula. O mesmo ocorre com o pensamento imediato sobre currículo, que nos leva aos limites do papel, resumindo-se em distribuição de disciplinas e conteúdos. Porém, ambos possuem um caráter complexo, para além dessas limitações, e relacionam-se numa ligação teóricaprática, uma vez que o currículo só coexiste pela prática. E, muitas vezes a prática não reflete o currículo e vise-versa. Estamos, nós professores, muito presos ainda à herança tecnicista de Bobbit, de um ensino pronto e acabado, com objetivos gerais estabelecidos, que exige metodologia e somatório de disciplinas logicamente organizadas, distantes, contudo, do