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O Palmito Juçara – Euterpe edulis – é uma espécie perenifólia (mantêm suas folhas durante todo o ano), ombrófila (pluvial, amiga das chuvas, com estas bem distribuídas), mesófilas (necessitam de um ambiente nem seco, nem úmido), ou levemente higrófila (quando se faz necessário um ambiente muito úmido) que apresenta estipe (caule) único, sendo incapaz de produzir perfilhos (brotos), o que acarreta na morte da planta após o corte do palmito. A árvore chega a atingir até 20 metros de altura e 30 centímetros de DAP (Diâmetro à atura do peito – 1,30 do solo) na idade adulta.
Seu tronco reto, cilíndrico, não estolonífero (não brota na base), seu estipe (caule) não é considerado fuste (alto). Entre o término do tronco e a parte onde nascem as folhas, há uma seção verde, mais grossa que o tronco, formada pela base do conjunto de folhas. Dentro desta seção encontra-se a parte comestível da palmeira (o palmito).
É uma planta monóica (o mesmo indivíduo apresenta órgãos sexuais dos dois sexos), sua dispersão é feita por vários mamíferos (morcegos, porcos- do- mato, serelepes) e aves (sabiás, jacus,tucanos, macucos, jacutingas).
Para o homem sua utilidade além do palmito comestível, reside no fato em que o tronco serve para a fabricação de ripas que são aproveitadas na construção de telhados, paredes e assoalhos de casas. Seu crescimento é lento e sua frutificação se dá em média oito anos após o plantio, sendo este um dos motivos para a sua extinção em locais onde eram abundantes.
O palmito é uma iguaria fina, valiosa e de grande aceitação no mercado, tanto no Brasil, quanto no exterior. Explorado intensamente a partir da década de 70, o palmito juçara encontra-se hoje sob o risco de extinção. Apesar da retirada sem a realização e a aprovação de manejo sustentado ser proibido por lei, a exploração predatória tem avançado no país e quase todo o palmito juçara comercializado e exportado pelo Brasil atualmente é ilegal. Cada