Professor
A história econômica no Brasil colonial começa na extração do pau-brasil, e de toda a economia internacional em geral, vindo junto o capitalismo comercial e a expansão marítima. A colonização no Brasil se inicia no momento em que começa a retirar matéria-prima de solo americano, e exportando par Europa assim alimentando o capitalismo mercantil. Caio Prado Junior passa a descrever o povoamento colonial, afirmando que inicialmente o povoamento da América não é interessante. Os interesses europeus no continente são estritamente comercias.
“Nestas condições, ‘colonizar’ ainda era entendido como aquilo que dantes se praticava; fala-se em colonização, mas o que o termo envolve não é mais que o estabelecimento de feitorias comerciais” (p. 16).
Essa afirmação tem comum acordo com Celso Furtado em Formação econômica do Brasil de que a ocupação da colônia entendia – se como uma necessidade de estabelecer um mercantil financeiro para os descobridores europeus, e a decadência da matéria-prima que ate então seria na extração do Pau – Brasil que foi rápida pelo esgotamento das reservas naturais, pois só tiravam e não plantavam.
Caio Prado Júnior descreve as características da ocupação do território, que ocorre a partir do litoral. O interior continua hostil e economicamente desinteressante. A economia passa a ser ligada às plantações de açúcar, produto com grande mercado na Europa, e a agricultura de subsistência. Surgem, assim, as primeiras aristocracias oligárquicas regionais do país. O que o autor não relata é que boa parte do capital ali investido viera dos Países Baixos. Segundo Celso Furtado, “existem indícios abundantes de que os capitais holandeses não se limitaram a financiar a refinação e comercialização do produto. Tudo indica que capitais flamengos participaram no financiamento das instalações produtivas no Brasil bem como no da importação da mão-de-obra escrava” (FURTADO, 2007, p. 34). A decadência do comércio de açúcar ocorreu