Professor de língua portuguesa
Aluno:________________________________________________________Série: 9º ano Professor: William SantosTeste Avaliativo “Escrava Isaura” (2,0 pontos) |
Havia terminado a quadrilha. Álvaro ufano, e cheio de júbilo, conduzia o seu famoso par através da multidão, através de uma viva fuzilaria de olhares de inveja e de admiração, que se cruzavam em sua passagem; a pretexto de oferecer-lhe algum refresco, a foi levando para uma sala dos fundos, que se achava quase deserta. Até ali ainda ele não havia feito a Elvira uma declaração de amor em termos positivos, se bem que esse amor se estivesse revelando a cada instante, e cada vez mais ardente e apaixonado, em seus olhos, em suas palavras, em todos os seus movimentos e ações. Álvaro julgava já ter adquirido completo conhecimento do coração de sua amada, e nos dois meses durante os quais a havia estudado, não havia descoberto nela senão novos encantos e perfeições. Estava plenamente convencido que de todas as formosuras que até ali tinha conhecido, Elvira era em tudo a mais digna de seu amor, e já nem por sombras duvidava da pureza de sua alma, da sinceridade do seu afeto. Pensava, portanto, que sem receio algum de comprometer o seu futuro, podia abandonar o coração ao império daquela paixão, que já não podia dominar. Quanto à origem procedência de Elvira, era coisa de que nem de leve se preocupava, e nunca se lembrou de indagar. A distinção de classes repugnava a seus princípios e sentimentos filantrópicos. Fosse ela uma princesa que o destino obrigava a andar foragida, ou tivesse o berço na palhoça de algum pobre pescador, isso lhe era indiferente. Conhecia-a em si mesma, sabia que era uma das criaturas mais perfeitas e adoráveis que se pode encontrar sobre a Terra, e era quanto lhe bastava. Observava Álvaro em seus costumes, como já sabemos, a severidade de um quaker, e seria incapaz de abusar do amor que havia inspirado à formosa