O professor de língua portuguesa moderno e o discurso escolar anacrônico
O professor de Língua Portuguesa moderno e o discurso escolar anacrônico
O texto aponta que uma das maiores dificuldades dos que estão concluindo o curso de Letras no extremo Sul do Brasil, é poder colocar em prática na sala de aula tudo aquilo que aprenderam na universidade. Na maioria das vezes, os novos professores, não têm o apoio da escola, ou seja, direção, área pedagógica, pais e alunos, e encontram muitos obstáculos ao cumprir sua missão, tais como: ensinar a língua portuguesa a alunos de todas as classes sociais e universos culturais, levando em consideração diferenças culturais e individuais desses alunos. O ensino da língua materna precisa considerar o homem como ser construtor de sua história e sujeito nas relações sociais, isso só acontecerá, quando a própria escola assumir a linguagem como interação social e obter o texto como ponto de partida para o estudo do homem e da sua relação com o mundo. Baugh (1995, p.397) afirma que “o desenvolvimento da linguagem, e da capacidade de ler e escrever, são determinados substancialmente por circunstâncias socioeconômicas.” Segundo Geraldi (1997), “o mestre caracteriza-se não pelo saber que produz, mas por saber um saber produzido.” O professor deve estar atualizado sempre sobre as últimas descobertas de sua área para fazer uso delas em sala de aula com atualização e discernimento. Ao passar conhecimento, ele enfrenta dificuldades como articular os saberes com as necessidades desse conhecimento e é a partir daí que se constrói o conteúdo de ensino. Defende-se nesse trabalho que a missão primordial do professor de Letras é mudar o discurso da escola, mudar a forma com que a administração, os professores, pais e alunos, julgam ser um bom trabalho no ensino da língua e fazer com que a escola aceite o discurso linguístico integralmente.
AMARAL, .2003. A concordância verbal de segunda pessoa do singular em Pelotas e suas implicações linguísticas e sociais. Porto Alegre, RS. Dissertação