profesor
Por Uma Educação Básica do Campo
CNBB - MST - UNICEF - UNESCO - UnB
Luziânia/GO, 27 a 31 de julho de 1998
DESAFIOS E PROPOSTAS DE AÇÃO
A discussão desta Conferência nos mostrou que somente é possível trabalhar por uma Educação Básica do Campo1, se a vincularmos ao processo de construção de um Projeto Popular para o Brasil, que inclui necessariamente um novo projeto de desenvolvimento para o campo, e a garantia de que todo o povo tenha acesso à educação. Nesta perspectiva, nós participantes desta Conferência, assumimos o compromisso, pessoal e coletivo, de enfrentar os desafios e implementar as propostas de ação seguintes:
1. Vincular as práticas de Educação Básica do Campo com o processo de construção de um Projeto Popular de Desenvolvimento Nacional.
a) Colocar os povos2 do meio rural na agenda política do país, e aprofundar a discussão sobre o lugar do campo em um novo projeto nacional.
Debater o papel da educação no processo de construção do novo projeto de desenvolvimento. Multiplicar este debate em todas as escolas do meio rural e urbano, e demais instâncias educativas.
b) Envolver neste debate os movimentos populares, os sindicatos, as universidades, as igrejas, as paróquias, as comunidades de base, os governos de gestão popular e demais entidades interessadas na construção de uma
Educação Básica do Campo.
c) Criar coletivos de pais para discutir propostas de educação com o objetivo de preparar os filhos para a vida no campo.
d) Criar coletivos de jovens para discutir a sua formação e participação na construção do novo projeto.
e) Discutir a questão dos 500 anos de Brasil, a partir do ponto de vista da classe trabalhadora. f) Preparar as crianças do campo para o desenvolvimento de suas potencialidades desde os primeiros anos de vida.
2. Propor e viver novos valores culturais.
a) Identificar e resgatar os valores culturais que caracterizam os povos do campo, que consideramos essenciais para o