Profesor

Breve interpretação do conto “Passeio noturno I e II” de Rubem Fonseca.

A história de “Passeio Noturno” revela o universo de uma família na qual os seus vínculos não são muito estreitos, onde reina a monotonia e a falta de comunicação. O narrador é um alto executivo que sempre retorna para casa no final do dia e, depois de jantar com a família, sai no seu carro para cumprir um ritual diário – atropelar pessoas nas ruas. A esposa se limita a beber, se divertir com jogos, ver novelas na televisão e a gastar o dinheiro dele.
Ele chega a casa depois de um dia de trabalho e se dirige à biblioteca onde fica esperando ansiosamente o tempo passar. Em seguida janta, desbloqueia a garagem obstruída pelos carros dos filhos, percebemos que o carro é importante, indicando que o veículo proporciona ao personagem um prazer. É um veículo poderoso, com equipamentos reforçados, que geram força silenciosamente, uma máquina equipada para matar pessoas na rua. É na rua, portanto, onde ocorrem as ações de maior intensidade, mais precisamente no carro do personagem. . O homem, do seu ambiente familiar, altera o comportamento e evolui no decorrer da trama para um assassino de caráter frio que usa a violência como divertimento para relaxar as tensões de um dia árduo de trabalho e afirmar-se como poderoso. Tais ações não o atormentam nem geram quaisquer sentimentos de remorso.
Para viver harmoniosamente sua vida monótona e sua estressante rotina como importante homem de negócios, o personagem está irremediavelmente decidido a praticar essas ações e cometer esses crimes todas as noites. O círculo nunca se fecha; ele volta a matar e assim, sucessivamente.