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1. Introdução
Numa primeira fase de uma concepção militar para chegarmos hoje à definição de estratégia que tem a ver com o sistema internacional em si. Ou seja partindo da concepção clássica em que a Estratégia estava associada à guerra, em que não se conseguia que a Estratégia não fosse uma ciência ou uma arte, porque as relações internacionais só existem, no aspecto em que passam a ser uma ciência ou uma teoria, uma prática.
As relações entre os Estados funcionavam, muitas vezes, na base da guerra. Os objectivos eram traçados, muitas vezes, em função de ganhos e perdas do território. Por isso Clausewitz explica o pensamento clássico relativamente à Estratégia em que diz que a guerra é a continuação da política por outros meios. Ou seja, a guerra visa um objectivo político, a guerra faz a política, porque o chefe de Estado, o Rei, é sempre o chefe militar.
Num determinado período da história da humanidade, até ao fim do séc. XIX, a evolução da Estratégia está associado à evolução da guerra. Quanto mais moderna for a guerra, quanto mais evoluídos estiverem os meios de fazer a guerra, mais evolui a Estratégia.
2. Diz-se que a Estratégia é uma ciência e uma arte.
a) É uma arte porque tem a ver com a inteligência. Tem a ver com o sentido de liderança. É na inteligência que se vê um líder. Tem a ver com a criatividade do estratega ou do chefe. É sobretudo um dom. É uma pessoa inteligente que ao definir um determinado objectivo, consegue atingi-lo de uma forma diferente dos outros. Porque só um chefe que tenha verdadeira intuição, criatividade, inteligência, consegue apreender a situação tal como ela é na realidade e perante um determinado cenário saber o que é que é acessório e o que é fundamental. É isso que o torna um líder e um estratega. Por isso é que quando a Estratégia está a ser analisada segundo os objectivos e segundo aquele método de analise, compete a um bom estratega intuir imediatamente qual a modalidade de acção mais sólida. Faz