produção Textual:Ponto de Partida e ponto de chegada.

PRODUÇÃO TEXTUAL: PONTO DE PARTIDA E PONTO DECHEGADA.
Cícera Evangelista da Silva

No contexto escolar, é evidente o fracasso do ensino e aprendizagem de língua portuguesa que, conseqüentemente, leva à produção de textos escritos que apresentam problemas tanto em sua forma (regras gramaticais, organização etc.), quanto em seu conteúdo. Bakhtin (2003), retomado, no Brasil, por Geraldi (1993), afirma que todo enunciado deve possuir uma razão para ser produzido, uma vez que a partir da finalidade pode-se construir um texto na escola ou para a escola, construindo-se, assim, uma produção textual ou uma redação. Contudo, vêem-se ainda comandos de produção textual que não evidenciam esse fator, fazendo com que o estudante não saiba por que escreve.

Este trabalho refere-se ao estudo de um caso identificado em uma escola pública de Ensino Médio da cidade de Afrânio /PE, referente ao ensino da gramática em uma turma do primeiro ano do Ensino Médio.
Todos os acontecimentos que descreveremos foram observados durante as atividades da disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica IV que foram desenvolvidas em uma escola de Ensino Médio. Essas atividades de PPP IV envolveram a análise dos planos de curso, de unidade e de aula de Língua Portuguesa e de Língua Inglesa, bem como a observação da prática docente em uma turma de Ensino Médio, as quais, nos levaram a perceber a forma como estava acontecendo o ensino de produção textual neste caso específico, ou seja, de uma forma insignificante descontextualizada da realidade dos alunos. Neste breve estudo de caso, esperamos suscitar uma reflexão acerca do ensino de produção textual na escola, tendo como base o processo histórico que o institucionalizou.

A partir das análises realizadas durante a pesquisa de prática pedagógica IV verificou-se que os alunos não têm um bom desempenho quando se trata de produção textual escrita,os professores e até mesmo o livro didático utilizado não apresentam a finalidade de comunicação