PRODUÇÃO DE BIOGÁS ATRAVES DO LODO DE ESGOTO
Como na maioria dos processos químicos industriais, o processo de tratamento de esgoto também gera resíduo: o lodo. Esse resíduo classificado hoje pela ABNT – Associação
Brasileira de Normas Técnicas; NBR 10004 (Resíduos sólidos), como sendo um resíduo perigoso, de classe I, D004 – patógeno; cuja sua disposição deve ser controlada e monitorada, garantindo a não contaminação do solo, ar e água (SABESP, 2013).
Esse resíduo denominado lodo de esgoto tem uma grande importância quando nós falamos em reaproveitamento de materiais. Devido a sua composição físico-química e bacteriológica, o lodo de ETE pode e deve ser reaproveitado. O Biogás, um dos produtos da decomposição do lodo, carrega uma característica de alto poder calorífico, onde este pode ser reaproveitado em vários setores da indústria.
Pesquisas atuais apontam o uso do biogás em queimadores tipo Flares, onde o biogás é queimado e liberado a atmosfera. Esse processo polui 22 vezes menos que a decomposição do gás na atmosfera. Outras pesquisas apontam a tendência do uso do biogás ou biometano em motores de combustão interna e como fonte em caldeiras, processos industriais na qual exigem calor e queima de combustível (FRANÇA JUNIOR, 2007).
Existe, também, a preocupação da destinação do lodo. Hoje, no estado de São Paulo, são processados 47,2 mil litros de esgoto por segundo, ou seja, aproximadamente é produzida uma massa de lodo de 2,5 milhões de toneladas por dia, sendo o método de extração desse biogás umas das alternativas de destinação e redução da massa do resíduo orgânico disposto no meio ambiente (SABESP, 2013).
Mesmo com esse processo de produção de Biogás, ainda restam resíduos do processamento do lodo, que também, varias pesquisas indicam uma composição do resíduo satisfatória à incorporação desses sólidos em fertilizantes agrícolas (OLIVEIRA, 2009).
O presente trabalho tem o objetivo do estudo da produção e qualificação desse biogás produzido com o lodo da