Produção de alcool neutro
INSTITUTO ESTADUAL
DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Projeto de Digitalização do Acervo da Divisão de Folclore desenvolvido pelo
Departamento de Apoio a Projetos de Preservação Cultural
CASA DE FARINHA
Pesquisa realizada pela Divisão de Folclore em 1986
Pesquisa, roteiro e texto
Ana Rita Paixão
Fernando Lemos
Colaboradores
Maria Gorete Carvalho Moraes
Marília Tosta Xavier
Silvana C. Pedrosa Cerqueira
Solane L. C. de Lima
Fotografias
Fernando Lemos Jr.
Capa
Gravura de Marcelo Soares
Pesquisa digitalizada em agosto de 2005
Coordenação
Augusto Vargas
Projeto Gráfico
Augusto Vargas
Felipe Brayner
Marilda Campos
Revisão do Texto
Marilda Campos
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Rosinha Garotinho
SECRETARIA DE ESTADO DE CULTURA
Arnaldo Niskier
INSTITUTO ESTADUAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL - INEPAC
Marcus Monteiro
DEPARTAMENTO DE APOIO A PROJETOS DE PRESERVAÇÃO
CULTURAL
Augusto Vargas
DIVISÃO DE FOLCLORE
Delzimar Coutinho
2005
No Princípio são Raízes
A casa de farinha é o lugar onde se faz farinha. É o espaço onde o homem exercita sua habilidade técnica, quotidiamente desenvolvida através dos anos de convívio-aprendiz com a natureza. Das raízes brutas que faz emergir da terra, realiza o prodígio do pó, no modelo da equivalência dos grãos. Nas casas de farinha realizam os homens um ritual de transmudação.
Mudam da casa do repouso e da alimentação para a casa do trabalho.
Estendem-se para as casas de farinha. Todos da mesma família, em família com outros da comunidade.
Os mais novos raspam e lavam a mandioca. Os mais velhos e mais resistentes ajudam o pai a movimentar a sevadeira, onde montada vai a mãe, ralando as raízes que começam a atomizar-se no cocho. E apertando, secando, quebrando, peneirando, pondo no forno ou no tambor (a massa que formam), vão todos participando do mesmo ritual celebrado pelo pai que mostra ao fim os grãos íntegros, reconhecidos nas pontas dos dedos ou entre dentes.
Fez-se