Produzindo aprendizagem
As crianças aprendem e criam cultura mais significantemente quando o conhecimento é apresentado em um contexto autêntico, como o de sua comunidade e os problemas que ela enfrenta. A aprendizagem é um processo que requer interação social e cooperação na intersecção de comunidade, prática compartilhada, identidade e significado (Lave e Wenger,1991;Wenger 1998).Para evitar o “jogo de atribuir a culpa “ pela lacuna de desempenho à biologia , à família,à cultura e à comunidade dos indivíduos ,os educadores multiculturais precisam informar-se sobre uma teoria de aprendizagem que leve em conta os limites estruturais da aprendizagem e sua natureza situada sócio-historicamente . A aprendizagem ocorre em contextos históricos e sociais específicos; Portanto,é totalmente simplista teorizar a aprendizagem como individual e universal (vygotsky,1978).Mc Dermott e Varenna (1995)redefinem a cultura e a relação com a aprendizagem como uma “mudança do traço pessoal para a agência ,do “habitus” para o “desabitus”,ou aspectos diferenciais e contrários da cultura ,que se ancoram no corpo e nas práticas diárias dos indivíduos.As crianças criam e contestam a cultura por meio da aprendizagem,especialmente quando sua comunidade ,suas identidades e seus significados são validados. Atualmente, a visão ampliada de identidade sociais e pessoais, permanentemente construídas, vem sendo aceita por muitos autores que procuram compreender a infância não como uma noção unitária ,mas sim como uma experiência social e pessoal,ativamente construída e permanentemente ressignificada. As crianças não são e não existem como seres abstratos e generalizáveis. Isso se explicita ,por exemplo ,na verbalização de frases como:”todas as crianças são imaturas ,dependentes ,alegres”. Talvez uma das mais importantes contribuições das ciências sociais e