Proceços
Nesse panorama de efervescência é que o homem começa desenvolver o olhar critico sobre as radicais transformações que atravessa a sociedade. E esse olhar crítico, vai se refletir em todos os campos principalmente nas artes.
O Modernismo, movimento literário brasileiro, surge com o intuito de renovar a idéia de literatura e de escritor; este último trazendo em si o desejo de expressar-se livremente, rompendo cânones e privilegiando temas como a realidade brasileira com uma crítica radical às instituições já ultrapassadas, ineficaz e incompetente.
Percebe-se que nessa fase, ainda não havia um desejo intenso, uma consciência dessa classe da sua situação de oprimido ou da necessidade de transformação. Esse fato viria acontecer só na segunda fase do movimento, década de 30, em que o mundo inteiro passa por revolução de caráter social e econômico.
Nessa fase o movimento modernista passa a ser visto por alguns críticos sobre duas óticas: A estética e a ideológica.
O crítico Luiz Lafetá chama atenção sobre até que ponto essas mudanças viriam oporem-se aos movimentos anteriores, buscando mostrar os pontos que levaram o projeto “estético” e o “ideológico”, a se distanciarem (rompimento com a linguagem bacharelesca, idealizante), ou a convergirem (a consciência ideológica da oligarquia rural instalada no poder), afirmando que a década de 30 do modernismo é a mais politizada, pois se preocupa mais com os problemas sociais enfatizando o “projeto ideológico”.
Para Mário Vieira Neto (1989, p.18-19), esse projeto ideológico que marcou o modernismo brasileiro nas décadas de