Processos exógenos de elaboração do relevo
O relevo se constitui em várias formas de vertentes, das mais íngremes às suavemente inclinadas, praticamente horizontais. A maior parte delas exibem formas convexas-côncavas e com ou sem segmentos retilíneos; entretanto, essas formas e os declives são objetos de pouco estudo na geomorfologia devido ao dinamismo e a instabilidade da evolução das vertentes. O estudo das vertentes pelo método dedutivo, aplicado por W. M. Davis se tornou dogmático devido à evolução lenta da paisagem e pela irregularidade dos declives, dificultando a análise geométrica. Recentemente os estudos deixaram de ser dedutivos e passaram a ser indutivos, ou seja, as análises das formas e dos processos de esculturação das vertentes foram feitas a partir da descrição empírica. Os processos areolares atuam na desnudação das encostas para reduzir a declividade e altitude, regularizando o perfil, ou seja, convexo no topo e côncavo na base; a atuação desse processo é ocasionada pela escavação dos vales, a erosão linear, que é a erosão exercida pelos canais de escoamento. Caso a erosão linear for maior do que os processos que atuam na desnudação das encostas, o recuo e a suavização dos declives serão mais lentos e a convexidade do perfil da vertente pode aumentar ou se estender até a base. A erosão pluvial é um dos fatores que constituem o processo de erosão do material e seu sucessivo transporte, movimentando os detritos até a base das encostas. A saltação pluvial é um processo preparatório de erosão e transporte do material, na qual as gotas de chuva sobre o solo desagregam as partículas por todas as direções, sendo então um coadjuvante do processo de rastejamento (creep); quanto maior o tamanho das gotas, maior será seu poder de desagregação do material, porém esse tipo de erosão é reduzido nas florestas com intensa cobertura vegetal, pois as