processo grupal e a questão do poder em Martín-Baró

MARTINS, Sueli terezinha ferreira. Processo grupal e a questão do poder em Martín-baró. Bauru:UNESP, 2003. psicologia e sociedade; 15 (1): 201-217; jan./jun. 2003. Neste referido texto apreendemos que tanto Martín-baró quanto Lane compreendem a unidade grupal como um processo grupal e não como grupo ou dinâmica de grupo; Ao fazerem essa referência do grupo como sendo um processo “os autores remetem ao fato do próprio grupo ser uma experiência histórica, que se constrói num determinado espaço e tempo, fruto das relações que vão ocorrendo no cotidiano, e ao mesmo tempo, que traz para a experiência presente vários aspectos gerais da sociedade, expressas nas contradições que emergem no grupo” (p.203) Nesta perspectiva histórica do grupo, Baró “ compreende que na sociedade atual, o grupo na sua singularidade, expressa múltiplas determinações, e as contradições presente no capitalismo” (p.203). Por isso, ele aponta três grandes problemas da maioria dos modelos utilizados pela psicologia social sobre as teorias grupais: a parcialidade dos paradigmas predominantes, a perspectiva individualista e o ahistoricismo.(p.203). E em seguida aponta algumas sugestões embasadas em uma teoria dialética sobre o grupo humano que deve compreender: a realidade social do grupo e não reduzí-los às características individuais que constituem o grupo, deve compreender tanto os pequenos quanto grandes grupos e de incluir o caráter histórico dos grupos humanos. Além disso o autor apresenta “três parâmetros principais para a análise do processo grupal: a identidade do grupo, o poder e a atividade grupal” (p.204) Dentro da identidade do grupo temos a formalização organizativa( normas formais ou informais, divisão ou não das funções, tarefas, atribuições etc.); as relações com outros grupos(conexão que um grupo tem com outro de acordo com suas necessidades e interesses); a consciência de pertencer a um grupo(o grupo se torna uma referência para o indivíduo, o sentimento que passa pela