Processo de socialização
LACERDA ,Janaina B. (IC) janainablacerda@hotmail.com UNEC – Centro Universitário de Caratinga
Uma das abordagens que marcaram inicialmente a fase histórica social da infância foram os estudos de Phillipe Áries (1981). Segundo o autor foi no final do século XVII que a sociedade passou a ver as crianças com outros olhos, assim, estas passaram a assumir realmente o posto da infância. Até então eram consideradas e se portavam como adultas. Tomando como base os estudos de Phillpe Áries, o presente artigo tem por objetivo narrar o processo de socialização da criança, desde sua compreensão inicial às atuais destacando a importância da família na construção dos papéis sociais da infância. Amparado na sociologia compreensiva desenvolveu-se uma pesquisa exploratória. Como principal instrumento metodológico, utilizou-se o levantamento bibliográfico. Para os sociólogos Peter Berger e Thomas Luckmann
(2003), existem dois estágios diferenciados em que se dá o processo de socialização, no qual eles denominam de socialização primária e secundária. É no estágio de socialização primária (que ocorre na infância) que o indivíduo se apropria de um sentimento para se identificar com o meio, com grupos de referência (denominados de outros significativos: pais, irmãos) e com tudo que o representa, como valores, regras morais e sentidos. A socialização secundária é um processo que irá prolongar-se por toda a vida do indivíduo a partir da noção interiorizada de outro generalizado, isto é, um processo subseqüente que introduz o indivíduo já socializado em novos setores do mundo objetivo de sua sociedade. Diferentemente da socialização primária, o processo de aprendizagem na socialização secundária está pautada por componentes normativos e afetivos, assim como cognitivos, razão pela qual são mais facilmente descartáveis e substituídos. Porém, a realidade já interiorizada tende a persistir. Percebe-se, portanto, que do mesmo modo