Processo de Socialização (Análise do filme "Cão de Briga")
Danny - órfão desde os 4 anos - é criado como um cão de briga por Bart, que dizia ser seu tio para usá-lo como uma arma mortal. Seu comportamento de cão é rompido quando conhece Sam, o afinador de pianos. Desde que adotado por Bart, Danny não teve contato com o meio comum de sociedade urbana em que vivia como ela é, portando teve o seu chamado "Processo de Socialização Primária" de Peter L. Berger e Thomas Luckman deturpado. Segundo esses sociólogos todo nosso comportamento e conhecimento é produzido pelas relações sociais presenciadas por nós desde a infância. Idéias e hábitos que nos parecem "comuns" são na realidade a interiorização de nossos papéis em nossos respectivos grupos socias. Assim ocorre na cena em que Danny e Sam presenciam uma briga no mercado. Para Sam, não faz parte de seu "senso-comum" a violência, portanto sai de sua zona de conforto e fica assustado - assim como as outras pessoas que se encontravam ali - diferente de Danny o qual está acostumado a ambientes assim. Hábitos como a linguagem também não são frequentemente usados.
O trecho do filme em que Bart diz que "bastava pegá-los jovens que eles aprendiam", pode ser analisado com as teorias Behavioristas como o "Condicionamento Clássico" - do Behaviorismo Clássico de Watson - e o "Comportamento Operante" - do Behaviorismo Radical de Skinner. Watson acreditava que "todo comportamento é consequência do meio", e que podia modelar o comportamento de um indivíduo - desde que jovem -, como fez no "Experimento de pequeno Albert". Nesse experimento filmado Albert induz um bebê a desenvolver fobia de animais peludos, associando o aparecimento de um rato com um barulho. No decorrer do experimento a criança, que antes não apresentava reação aos animais peludos, começa a se sentir incomodada com a presença de outros animais de pêlo, mesmo sem o som. Como na cena em que Danny, mesmo sem a presença de Bart e seus capangas, teme a retirada de sua coleira pela