Processo de desenvolvimento
Celso Augusto Rimoli
Professor do Programa de Pós-Graduação em Administração – Uninove;
Doutor em Administração – USP.
[Brasil]
celso.rimoli@gmail.com
Este trabalho visa examinar os impactos de inovações e tecnologias sustentadoras e de ruptura no processo de desenvolvimento e produtos de empresas que atuam no Brasil. Segundo Clayton Christensen, inovações e tecnologias sustentadoras podem ser radicais ou incrementais, caras ou baratas, de software ou de hardware, de componentes ou arquiteturais e formadoras ou destruidoras de competências.
Podem envolver grandes mudanças tecnológicas mas, por terem pequeno impacto organizacional, em geral são as grandes empresas que as conduzem e acabam apresentando ao mercado produtos que oferecem mais do que ele deseja ou quer, a preços elevados. Essas empresas podem ter problemas quando surge uma tecnologia de ruptura, que traz para o mercado uma proposição muito diferente das proporcionadas pelas tecnologias sustentadoras vigentes. São em geral aplicadas a produtos mais simples, menores, de desempenho inferior a curto prazo, mas freqüentemente mais convenientes para ao uso e mais baratos. Exemplos incluem o surgimento de tecnologia de transistores em relação à de válvulas a vácuo e sua aplicação em diversos setores, bem como as pequenas motocicletas ‘fora de estrada’ japonesas que se baseavam em tecnologias de ruptura em relação às das poderosas e tradicionais motocicletas ‘sobre a estrada’, de marca Harley Davidson e BMW. Para atingir o objetivo do trabalho, foram examinados dois processos de desenvolvimento de produtos essencialmente diferentes: o da Embraer e o da Natura, mediante a estratégia de estudo de casos. Inicialmente, foi realizada uma revisão conceitual envolvendo inovação e tecnologia, com ênfase nos tipos sustentadora e de ruptura, além de desenvolvimento de produtos. Em seguida, procedeu-se a