problematização da ''A luta pelo direito''
Começaremos discorrendo sobre as sensações produzidas por esta obra, ou opúsculo, como foi citado:
Primeiramente, no próprio prefácio, ficamos intrigados e curiosos com o tema que o livro iria tratar. Depois na continuação da leitura, vimos o quão importante este assunto seria para nós acadêmicos de direito. Posteriormente, nos veio uma leve confusão e até um cansaço no decorrer da obra, pois de tão enfática se tornara cansativa, pelas inúmeras representações e exemplificações. Entretanto, pareceu-se necessário. Grande ideia essa de citar fatos históricos para ajudar na compreensão da luta. Assim, vemos que realmente, “todo direito no mundo foi adquirido por luta”. E é por causa desses direitos adquiridos que não somos tão selvagens, somos um pouco civilizados. Pois segundo Ihering “o homem sem direito desce ao nível dos brutos”. Podemos questionar certas ideias que foram relatadas no opúsculo:
Havia, na época do Contrato Social, uma idealização de Estado com E maiúsculo (ente jurídico), onde este Estado não teria mais direitos que os contratados. Será possível acreditar que chegamos a este fim estabelecido? A realidade nos parece mostrar o contrário. E não é a toa que mais adiante Ihering diz “o direito é uma ideia prática”, (concordamos plenamente), até porque precisamos usar os meios para atingir o fim, que é o próprio direito. O autor aborda com clareza sobre esta dupla tendência, direito como fim e meio ao mesmo tempo.
Ihering deixa entender que a sociedade tem relatividade de valores, pelos quais lutamos, as vezes não só por dinheiro mas pela própria honra. No caso de uma invasão de propriedade, em que a terra é infértil, mas possui um proprietário, por exemplo. Por que não defendê-la? Para o camponês isso seria de muita relevância. Sobre o último assunto ressaltado temos um trecho interessante do livro: “A perda da propriedade, dizem uns, é exatamente como a da honra, - uma perda reparável,