problematica na açao humana
O que é uma ação humana?
Muitas das coisas que acontecem no mundo não podem ser consideradas ações humanas, porque acontecem sem que o Homem interfira, ou seja, o Homem não é a sua causa (ex.: terramotos, erupções vulcânicas…). Neste caso, o ser humano não é o agente (aquele que pratica a ação), mas o agido (aquele que sofre a ação).
No entanto, quando face a diversos acontecimentos o ser humano pode fazer uma série de coisas (ex.: ajudar as vítimas de um terramoto), este já está a interferir e a tentar agir sobre a situação. Assim, o ser humano é o agente destes acontecimentos.
Porém, no mundo não acontecem apenas fenómenos físicos independentes do Homem. Os movimentos humanos que podem ser observados também são factos que acontecem no mundo. Apesar disso, só saberemos se esses movimentos são ou não ações se os pudermos nomear pela intenção e explicar pelos motivos de um qualquer agente.
Há coisas por nós realizadas inconscientemente. Por exemplo, quando estamos a dormir e sonhamos, por não sabermos que estamos a sonhar, tal não é considerado ação, não é feito conscientemente.
Portanto, fazer algo conscientemente é uma condição para podermos falar em ação. Mas será o suficiente? Não, porque existem comportamentos que, embora sejam conscientes, não são controláveis pelo ser humano (ex.: tremer de frio). Trata-se, agora, de comportamentos que realizamos independentemente da nossa vontade. Dizemos, por isso, que são involuntários e tal não pode ser considerado ação.
Considera-se ação humana apenas o que fazemos de um modo voluntário e consciente, isto é, aquilo que queremos efetivamente fazer por exercício da vontade e de que realmente temos consciência (ex.: ir ao cinema, contar uma piada, ajudar um amigo, emprestar um DVD ou telefonar a alguém).
Rede conceptual da ação Falar de ação envolve falar de um agente, de uma intenção e de uma motivação. O agente é o sujeito da ação, aquele que pratica a ação e a quem é atribuída a