Problemas de decaimento
Numa substância radioativa, cada átomo tem certa probabilidade, por unidade de tempo de se transformar num átomo mais leve emitindo radiação nuclear no processo. Se p representa essa probabilidade, o número médio de átomos que se transmutam, por unidade de tempo, é pN, em que N é o número de átomos existentes em cada instante. O número de átomos transmutados por unidade de tempo é também igual a menos a derivada temporal da função N dN/dt = - pN
Uma substância radioativa presente em todos os organismos vivos é o carbono 14 que decai transformando-se em azoto, com uma meia-vida de aproximadamente 5580 anos. O conteúdo de C14 em relação ao C12 de qualquer organismo vivo é o mesmo.
A razão é a seguinte: no fim da cadeia alimentar dos seres vivos estão os organismos que absorvem o carbono diretamente da atmosfera e portanto a relação C14/C12 nos seres vivos é a mesma que na atmosfera. Na atmosfera esta relação é estável há muitos anos; os organismos mortos, em processo de decomposição perdem C14 como resultado do decaimento radioativo e não o regeneram através da dieta. O azoto que a atmosfera ganha dos organismos em decomposição é transformado novamente em C14 pelos raios cósmicos, nas camadas superiores. Uma comparação do conteúdo de carbono 14 de um organismo morto, por exemplo, madeira obtida de uma árvore, com o conteúdo existente num organismo vivo da mesma espécie, permite determinar a data da morte do organismo, com uma boa precisão quando o tempo envolvido for da ordem de grandeza da meia-vida do carbono 14.
1. Um osso, contendo 200g de carbono, tem uma atividade beta de 400 desintegrações por minuto. Qual a idade do osso?
Solução
Se o osso fosse um organismo vivo ⇒ 15 desintegrações/min g.
Como temos 200 g,
A0 = 3 000 desintegrações/min A / A0 = 400 / 3000 = 1/7,5 Depois de n meia-vida A diminui por (1/2)n. Assim, temos.
(1/2)n = (1/7,5) ou 2n = 7,5 ln 2n = ln 7,5 ⇒ n ln 2 = ln 7,5 ⇒ n = (ln 7,5/ln 2)