Datação
Com a descoberta da radioatividade, revelou-se a utilização do decaimento de isótopos radioativos na datação de processos geológicos, possibilitando o cálculo da idade das rochas, dos minerais, e até mesmo da Terra.
Na datação radiométrica são utilizados isótopos de longa vida, como: 40K, 87Rb, 147Sm, 232Th, 235U e 238U. Além desses, ressaltamos a atividade do 14C que é bastante utilizada para determinar o tempo que se passou desde que os organismos se encontravam vivos.
Esses diversos isótopos radioativos sofrem decaimento (ou seja, o número de prótons e nêutrons dos seus núcleos é alterado, resultando na formação de um isótopo de um elemento diferente) por diferentes mecanismos, como decaimento β-, captura eletrônica e decaimento α. O ritmo desse decaimento é medido pela meia-vida de um isótopo, que consiste no período de tempo necessário para que uma dada quantidade de um radioisótopo decaia para metade do seu valor inicial.
Sabendo a relação entre um isótopo radioativo e seus isótopos-filhos num sistema químico (como um mineral, ou uma rocha), podemos calcular o tempo que passou desde que esse sistema químico fechou e descobrir, assim, a sua idade.
Este trabalho terá enfoque nos principais métodos de datação radiométrica, e como eles são realizados e aplicados na prática, principalmente na determinação da idade absoluta das rochas.
2. DECAIMENTO RADIOATIVO E MEIA-VIDA
Na natureza, existem alguns elementos que apresentam isótopos, ou seja, elementos que apresentam o mesmo número atômico, mas diferentes números de massa (soma do número de prótons com o de nêutrons). Observe o hidrogênio e seus isótopos:
Os isótopos podem ser estáveis (mesmo número de prótons e nêutrons) ou instáveis (maior número de nêutrons). Os elementos instáveis têm a tendência a se transformarem em outro elemento mais instável. Esses são os chamados isótopos radioativos. Nessa transformação, chamada decaimento radioativo, radiação é