Problemas de comunicação entre o Advogado e seu cliente

Sendo a principal forma de comunicação e expressão humana, a linguagem torna-se um sistema ainda mais importante no que diz respeito ao meio jurídico, uma vez que é a maior ferramenta de trabalho do operador de Direito. Esse, através da palavra, pode argumentar, convencer, atacar ou defender. Por isso, deve dar atenção especial ao estudo da Língua Portuguesa, a fim de manter uma boa comunicação com o público. Porém, ao explorar o Português Jurídico, o profissional deve atentar-se a respeito do conhecido “juridiquês”, que é o uso exagerado de termos técnicos, com excesso de formalidade, o que torna a linguagem de difícil compreensão. Para se comunicar devidamente, é imprescindível que o operador de Direito entenda os níveis de linguagem, que podem variar de acordo com fatores sociológicos (idade, sexo, profissão, escolaridade, classe social), geográficos (variações regionais) e contextuais (assunto, tipo de interlocutor, lugar). O advogado deve analisar cada situação, de acordo com esses fatores, para fazer uso de uma linguagem acessível ao seu cliente. Também é importante que o advogado escolha cautelosamente o vocabulário empregado, pois o termo utilizado na linguagem geral pode ter significado diferente no meio jurídico, levando o profissional a não ser entendido como desejado. O advogado que negligencia o cuidado com a linguagem, prejudica o desempenho de sua função, que é defender os direitos de seu cliente. Outro aspecto importante do Direito em relação à linguagem e como ciência jurídica e social, é o uso da lógica. Seus princípios estão presentes no meio jurídico, colaborando para a formação de pensamentos claros e coerentes, e para a construção de argumentos sólidos e convincentes por parte do advogado. Além do uso da lógica, a comunicação jurídica passa por um processo de formação. Nele, o emissor da mensagem, possuindo um pensamento ainda desorganizado, faz uma associação de ideias através de perguntas como: “ Quem eu sou como emissor?”, “