PROBLEMA METAFÍSICO
RESUMO DO CAPÍTULO: O PROBLEMA METAFÍSICO
1) A origem do termo:
O termo “metafísica” teve uma origem estranha e aventurosa.
Ao falecer, Aristóteles deixou sua biblioteca a um discípulo.
Esta biblioteca continha, além das obras públicas de outros filósofos e de Aristóteles, também os escritos particulares do mestre, dentre os quais está a metafísica.
Após a morte do discípulo detentor da biblioteca, estas obras passaram por algumas mãos até que, por segurança, foram escondidas em um subterrâneo e permaneceu por lá até cerca de 100 a.C., ano em que o bibliógrafo Apelicone descobriu-a e levou-a para Atenas. Quando Atenas foi conquistada por Sila, este levou os preciosos manuscritos para Roma, onde foram confiados a Andrônico de Rodes, a fim de que ele cuidasse da edição completa.
Andrônico subdividiu-os em obras lógicas, físicas, morais e poéticas.
Depois de ter organizado as obras da física, deparou-se com uma série de livros sem nome, decidindo então chamá-los “os livros que vêm depois da física” (metà tá physicà).
O nome, originado de maneira tão casual, correspondia à substância: estes tratavam da realidade, qualidade, perfeições, seres, que não se encontram ou não se restringem ao mundo físico, mas vão além, isto é, são metafísicos.
Portanto, o nome próprio de uma obra passou justamente a designar aquela parte da filosofia que se ocupa das causas últimas, dos princípios supremos constitutivos dos seres.
1) Objeto da metafísica:
A metafísica tem sido definida de vários modos:
a) “ciência que estuda o ser enquanto ser e as propriedades que o acompanham necessariamente” ARISTÓTELES;
b) “ciência que investiga as causas primeiras e os princípios” ARISTÓTELES;
c) “ciência dos princípios primeiros da natureza e da moral” KANT;
d) “reflexão sobre os princípios primeiros” GILSON.
A preocupação que dá vida à investigação metafísica é a preocupação de descobrir as razões supremas da realidade.
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