problema da mão de obra nas colonias
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parte se deveu a que muitos desses escravos_não trabalhavam em grandes plantações. A emigração européia para os EUA nada tinha que ver com a oferta de mão-de-obra para as grandes plantações. Se bem que estivessem interligados os dois movimentos - a expansão das plantações e a corrente migratória européia -, os mesmos constituem sem embargo fenômenos autônomos. A expansão das plantações norteamericanas se realizaria mesmo sem a corrente migratória européia, se bem que esta, ampliando a procura interna de algodão e barateando a oferta de alimentos, deu impulso àquela expansão. A corrente migratória seria, entretanto, difícil de explicar - pelo menos na escala em que ocorreu, no que se refere à primeira metade do século - sem a expansão das plantações. A circunstância de que o algodão era um produto volumoso114, ocupando grande espaço nos navios, enquanto as manufaturas que importavam os norte-americanos apresentavam uma grande densidade econômica, favoreceu a baixa nos fretes de retorno da
Europa para os EUA. E foi essa baixa dos preços das passagens - em navios cargueiros e semicargueiros -que permitiu se avolumasse de tal forma a emigração espontânea da Europa para os EUA. Contudo, os baixos preços das passagens não seriam condição suficiente para que se criasse a grande corrente migratória. O fundamental era que os colonos contavam com um mercado em expansão para vender os seus produtos, expansão que era em grande parte um reflexo do desenvolvimento das plantações do sul, à base de trabalho escravo.
As colônias criadas em distintas partes do Brasil pelo governo imperial careciam totalmente de fundamento econômico; tinham como razão de ser a crença na superioridade inata do trabalhador europeu, particularmente daqueles cuja "raça" era distinta da dos europeus que haviam colonizado o país. Era essa uma colonização amplamente subsidiada.
Pagavam-se transporte e gastos de instalação e promoviam-se obras públicas artificiais para dar