Fichamento de Formação econômica do Brasil
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA
CURSO DE GEOGRAFIA
FICHAMENTO DO TEXTO:
“Formação Econômica do Brasil”, de Celso Furtado.
BELÉM – PA
2009
FURTADO, C. Formação econômica do Brasil, 14ª ed. São Paulo, Nacional, 1976.
A obra deve sua importância à originalidade das teses defendidas por Furtado sobre o desenvolvimento econômico do Brasil. Recorrendo às ferramentas de análise da escola estruturalista, Formação Econômica do Brasil sustenta que o subdesenvolvimento do país se deve a características históricas que tornam o país diferente das economias desenvolvidas.
Ao reivindicar essas especificidades, Furtado descarta, como inapropriada, a aplicação de conceitos da teoria econômica européia ao caso brasileiro. As respostas para entender o problema do subdesenvolvimento nacional não deveriam ser buscadas apenas na teoria econômica, mas também nas estruturas sociais, política e institucionais que se geraram ao longo da história.
Inicialmente o autor discute a expansão da Europa que promoveu a ocupação das terras americanas, a qual foi uma conseqüência do crescimento do seu comércio externo (Século XI). Explica que a busca por novos mercados teve início quando os europeus passaram a lidar, a partir do Século. XV, com as invasões turcas. Os turcos impediam o abastecimento de suas manufaturas nas linhas orientais. A Europa e Portugal obtiveram os primeiros frutos da expansão através da exploração do ouro mexicano e do altiplano andino. O surgimento do ouro aguçou o interesse das demais nações européias pelas terras mexicanas, ou seja, suscitou a ambição, principalmente, da Holanda, França e Inglaterra, de forma que a batalha pela ocupação das novas terras se tornou inadiável. O interesse espanhol passou então do campo comercial para o campo político. De fato, a fim de resistir às pressões de suas rivais,