Problema 1
AUTOR: Justiça Pública
RÉU: “A”
PROCESSO nº:
“A”, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade RG nº ___, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas CPF nº ___, residente e domiciliado na ___, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato anexo), vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar
ALEGAÇÕES FINAIS EM FORMA DE MEMORIAIS
com fulcro no artigo 403, § 3º do Código de Processo Penal, oportunidade em que espera ser absolvido impronunciado da imputação que lhe é feita, pelos motivos de fato e de direito a seguir exposto.
I – DOS FATOS
O Acusado está sendo processado segundo denúncia que lhe imputa violação do artigo 121, parágrafo 2º, inciso III, 1ª parte combinado com o artigo 14, II do Código Penal (tentativa de homicídio por emprego de veneno), porque teria tentado matar "B", mediante aplicação de injeção venenosa.
O laudo do Instituto Médico Legal taxativamente, concluiu que a substância ministrada não tinha potencialidade lesiva, ou seja, era inócua.
O Ministério Público apresentou alegações finais, postulando a pronúncia de "A", nos termos da denúncia.
Diante das provas devidamente juntadas aos autos, se faz necessária a apresentação da presente peça de defesa a fim de pleitear a impronuncia do Acusado.
II – DO DIREITO
Dispõe o artigo 17 do Código de Processo Penal que, a tentativa não punível caso o meio empregado seja absolutamente ineficaz de causar lesão ao bem jurídico, sendo assim, impossível que haja a consumação do crime, in verbis:
“Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.”
No caso em tela, o laudo do Instituto Médico Legal comprovou que a injeção que foi utilizada pelo Acusado em face da vítima não possuía potencialidade lesiva capaz de matá-la.
Portanto, trata-se de crime