Privatização das prisões

1290 palavras 6 páginas
VIGIAR E PUNIR: HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA NAS PRISÕES. Valdir Matias Dos Santos

RESENHA CRÍTICA

OBRA
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: História da Violência nas Prisões. Trad. Ligia M. Pondé Vassalo. Petrópolis. Ed. Vozes, 1987. 280 p. (1926-1984)
CREDENCIAIS DO AUTOR
Michel Foucault (1926-1984) foi um filosofo Francês, um dos maiores pensadores contemporâneos, nasceu em Poitiers, uma pequena cidade francesa. publicou o seu primeiro livro, "Doença mental e personalidade", (1954). Mas o seu grande clássico foi “História da Loucura na Idade Média” (1961), escrito para a obtenção de seu doutorado na Sorbonne. Nessa última obra, Foucault analisou o desprezo que as pessoas tinham no século 19 pelos doentes mentais. Publicou ainda: “Nascimento da Clínica”, (1966), “As Palavras e as Coisas” e “Arqueologia do Saber “(1969). Ainda deixou inacabado o livro “História da Sexualidade”. Nos anos 60, acreditava que a prisão, mesmo que fosse exercida por meios legais, era uma forma de controle dominação burguesa no intuito de fragilizar os meios de cooperação e a solidariedade do proletariado. O filósofo ainda criticava a psiquiatria e psicanálise tradicionais, morreu em Paris, no ano de 1984.

DIGESTO

A obra Vigiar e Punir: História da Violência nas Prisões de Michel Foucault relata o período histórico que marca a transição entre a utilização dos suplícios como medida efetiva de política criminal e a aplicação de sanções mais brandas, característica presente nos sistemas penais do mundo ocidental.

Outro ponto abordado do livro diz respeito na análise do sistema penal correcional baseado no suplício; método irracional e desumano por natureza. Foucault utiliza-se de uma miríade de exemplos pitorescos para explicar os horrores do sistema penal assentado na punição do corpo. A forca, o patíbulo, o pelourinho, o chicote e a roda compunham o cenário de um teatro bizarro em que os personagens representam o espetáculo do desequilíbrio de forças entre o acusado e soberano. A

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