Principe
Em seu formato original contém vinte e seis capítulos inter-relacionados e nos quais são tratados temas específicos acerca de questões de estratégia política. A natureza da análise estrategica de machiavelli é tal que chega a encorajar o uso de armas. De acordo com ele, o fundamento de todos os Estados está predicado nos princípios de "boas leis e boas armas". Dentre os dois, ele parece colocar maior ênfase sobre as armas, sendo que não poderiam existir boas leis onde não existissem boas armas. O livro de Machiavelli é repleto de sutís análises diplomáticas e charadas envolvendo tolas exposições de ações militares e líderes contemporâneos.
Ele sugere quase a mesma aproximação ao lidar tanto com questões militares, quanto com a população civil. O livro é enriquecido pelas memoráveis citações políticas que contém. No livro, Machiavelli explica que as apaências são extremamente importântes para a arte do estadismo e o líder não deve se esquecer do bem-estar de seu povo, mesmo que sempre tenha de fazer seus seguidores dependerem dele.
O livro é anti-moralista porque encoraja o líder a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade e contra a religião. Machiavelli argumenta, mais à frente no livro, que o líder deve "ter a mente disposta a se adaptar de acordo com a direção do vento e as variações ditadas pela fortuna (sorte)". A máxima política comum, "o fim justifica os meios", está enraizada em O Príncipe. Ele afirma que é perfeitamente possível para um líder agir de maneira cruel, e ainda assim aparentar ser um modelo de benevolência à maioria de seus seguidores. Porém, o príncipe deve se fazer temido de