Principais mudanças na revolução industrial
Juliana Morais Danemberg
Em meio a um cenário de crises e transformações que fizeram parte dos séculos XVII e XVIII, o capitalismo se viu estimulado por razões econômicas, sociais e políticas, como a Revolução Inglesa de 1640 à 1660, e mais tarde, a Revolução Francesa. Com o fim do absolutismo e a consolidação do liberalismo no campo político, assim como a transição do ideal renascentista para o iluminista no campo das mentalidades, o Antigo Regime que fez parte do mundo moderno se encerra dando lugar a novas práticas. A nova ordem e a criação do Estado Nacional deram espaço ao processo de industrialização, derrubando o mercantilismo, as corporações e o sistema feudal. Essa transição ocorreu de forma gradual apresentando rupturas e continuidades, e agregando características até chegar ao sistema econômico globalizado atual. O processo revolucionário que se desencadeou na indústria inglesa a partir da segunda metade do século XVIII teve como causa e conseqüência a urbanização e a implementação de novas tecnologias, assim como foi responsável por uma mudança nas mentalidades que mais tarde iriam construir as ideologias que conduziriam ao pensamento revolucionário do século XX. A reforma agrária que se deu a partir do cercamento dos campos ingleses (enclosure acts) deu lugar as grandes propriedades, expulsando camponeses e fazendo com que outros abandonassem espontaneamente o campo visando uma melhora de vida no meio urbano. As relações de vassalagem foram substituídas pelo trabalho assalariado, transformando a própria mão-de-obra em mercadoria e formando uma nova classe social: o proletariado. O processo de industrialização teria ocorrido de forma gradual e até 1840 a população britânica ainda se encontrava envolvida nos moldes rurais. A hegemonia industrial inglesa ocorre durante do século XIX e se encerra no fim dos anos 80 do mesmo século, quando dá lugar aos