primeira geração modernista
PRIMEIRA GERAÇÃO MODERNISTA http://www.infoescola.com/escritores/biografia-de-mario-de-andrade/ há uma gota de sangue em cada poema – mário de andrade
Assim como há resquício de barro
Nas estradas asfaltadas
E ruínas pelo impacto das guerras e catástrofes
Há em cada poema uma lágrima;
Assim como ecoa aplausos e vaias
Da grande semana! Onde sobra
Pedaços mastigados na antropofagia
Mário não desperdiçaria uma idéia
Sem que esfacelasse fontes, rituais e oferendas.
Há uma gota de suor em cada letra
E em cada verso um gozo de dor
Por que sempre a dor do poeta?
Simples… É exatamente aí que sucumbi
As mágoas de exprimir pelo dom;
E despedir a força vital paulatinamente…
Mas há de deixar cada poeta, em cada página seca
A ata boêmia, idéia difusa e sua vida latente!
http://www.infoescola.com/escritores/biografia-de-oswald-de-andrade/
Canto de Regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo. http://www.infoescola.com/escritores/biografia-de-manuel-bandeira/ Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’água
Pra me contar as