Primavera Árabe
Primavera Árabe como é conhecida internacionalmente ganhou esse nome devido à onda de protestos, revoltas e revoluções populares quem vêm ocorrendo no Oriente Médio e no Norte da África desde dezembro de 2010. As revoluções aconteceram na Tunísia e no Egito, uma guerra civil na Líbia e na Síria. Também houve grandes protestos na Argélia, Bahrein, Djibuti, Iraque, Jordânia, Omã Iémen e protestos menores no Kuwait, Líbano, Mauritânia, Marrocos, Arábia Saudita, Sudão e Saara Ocidental. A raiz dos protestos é o agravamento da situação dos países, provocado pela crise econômica e pela falta de democracia. A população sofre com as elevadas taxas de desemprego e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições de vida. Os protestos têm compartilhado técnicas de resistência civil em campanhas sustentadas envolvendo greves, manifestações, passeatas e comícios, bem como o uso das mídias sociais, como Facebook, Twitter e Youtube, para organizar, comunicar e sensibilizar a população e a comunidade internacional. As redes sociais desempenharam um papel considerável nos movimentos contra a ditadura nos países árabes. A propagação do movimento não teria sido a mesma sem os recursos proporcionados pela internet.
Em dezembro de 2010 um jovem tunisiano, Mohamed Bouazizi, ateou fogo ao próprio corpo como forma de manifestação contra as condições de vida no país que morava. Ele não sabia, mas o ato desesperado, que terminou com a própria vida, daria conseqüência ao que, mais tarde, viria a ser chamado de Primavera Árabe. Protestos se espalharam pela Tunísia, levando o presidente Zine el-Abdine Ben Ali a fugir para a Arábia Saudita apenas dez dias depois. Ben Ali estava no poder desde novembro de 1987.
As manifestações resultaram na derrubada de três chefes de Estado: o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro, na sequência dos