Pressuposto ou Subtendido
CONCEITO
•“Inferências são processos cognitivos que implicam a construção de representação semântica baseada na informação textual e no contexto.” (Luiz Antônio Marcuschi)
•Ou seja, um leitor competente faz inferências quando completa as informações implícitas do texto, com base em traços linguísticos ou, meramente, contextuais.
È necessário conhecimento prévio; familiaridade com o tipo de texto e diálogo.
TIPOS DE INFERÊNCIAS
Inferências de base textual: compreendidas a partir de pressupostos. Esse tipo de inferência também pode ser chamada de DEDUÇÃO.
Inferências de base contextual: compreendidas a partir de subentendidos. Dependem do contexto de produção do texto e do conhecimento prévio do leitor.
Inferências sem base textual: são as chamadas extrapolações infundadas.
Inferências de base contextual
“D. Glória gostava de conversar com seu Ribeiro. Eram conversas intermináveis, em dois anos: ele falava alto e olhava de frente, ela cochichava e olhava para os lados. Quando me via, calava-se.Compreendo perfeitamente essas mudanças. Fui trabalhador alugado e sei que de ordinário a gente miúda emprega as horas de folga depreciando os que são mais graúdos. Ora, as horas de folga de D.Glória eram quase todas”. Trecho de S. Bernardo, de Graciliano Ramos (Cap. 12)
1.É possível inferir que D.Glória e o narrador não tinham um bom relacionamento .
2.Infere-se que, no passado, Paulo Honório também falava sobre pessoas consideradas superiores a ele.
3.Depreende-se da leitura da obra que D.Glória possuía muitas horas livres e que gastava esse tempo confabulando sobre Paulo Honório.
Dedução
“Desde então procuro descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar, fumando cachimbo e bebendo café, à hora em que os grilos cantam e a folhagem das laranjeiras se tingem de preto.
Às vezes entro pela noite, passo tempo sem fim acordando lembranças. Outras vezes não me ajeito com esta ocupação nova”. Trecho de S. Bernardo, de Graciliano Ramos