Press O E Flutua O Dos Corpos
Uma fábula da Rússia conta a pequena história de um camponês bem simplório que morava à beira-mar. Todas as vezes que via passar ao largo um belo navio, corria até a praia, apanhava uma pedra, e atirava-a na água. A pedra, naturalmente, afundava. O bom homem, olhando admirado para imensa massa metálica do navio que flutuava magnificamente, sacudia os punhos e bradava: "Por que ele flutua, sendo tão pesado, e a pedra não?"
De modo mais ou menos semelhante, quando em 1787 Jonh Wilkinson lançou no rio Severn, na Inglaterra, sua barcaça feita de ferro, as inúmeras pessoas que presenciavam o acontecimento não podiam acreditar que aquilo flutuasse. Tinham-se reunido ali por divertimento, preparadas para rir do desconsolo de Wilkinson quando sua chapa fosse ao fundo. Mas, a embarcação flutuou, com grande espanto e frustração dos presentes, tornando-se assim a precursora dos modernos navios de aço.
Pode-se compreender que o homem comum da Inglaterra há duzentos anos atrás, não levasse a sério à possibilidade de um navio de metal flutuar, posto que as aparências sugeriam a madeira como único material adequado à construção de barcos.
Entretanto, não há razão para que os princípios elementares, que explicam o fenômeno da flutuação, não devam ser entendidos por todos nos dias de hoje.
Atualmente é banal a construção de navios pesando muitos milhares de toneladas, que não só flutuam perfeitamente no mar, como transportam outros milhares de toneladas de mercadorias a bordo. Trata-se de uma banalidade porque seus projetistas e construtores conhecem perfeitamente esta lei estabelecida por volta do ano 250 a.C. pelo sábio grego Arquimedes. Seu enunciado nos ensina que "um corpo imerso num fluido (líquido ou gás) perde uma quantidade de peso igual ao peso da quantidade de peso igual ao peso da quantidade de fluido deslocado"; ou, em outras palavras, "o corpo imerso no fluido recebe um empuxo vertical, de baixo para cima, igual ao peso do fluido deslocado".