Preprojeto acaso
A imagem sempre foi algo que me atraiu, principalmente os desenhos figurativos. Quando criança sabia todos os desenhos animados que passavam na TV. Sempre gostei de desenhar, no colégio, quando não prestava muito atenção nas aulas ficava rabiscando em meu caderno, às vezes me dedicava a copiar determinada imagem.
Este gosto pelo desenho foi um dos motivos pelo qual comecei a gostar de HQs (Histórias em Quadrinhos), principalmente de super-heróis, admirava a qualidade técnica das imagens, a riqueza de detalhes, o trabalho de luz e sombra, as cores, o traço de cada desenhista, além das histórias que criavam mundos tão distantes, outras realidades e a imagem acabava por tornar isto real, pois não é como ler um livro (de romance ou de contos) onde eu tentava construir as imagens na minha mente, no gibi elas se tornavam mais concretas. Num livro, o autor leva, às vezes, uma página para descrever uma personagem ou um ambiente (Agatha Cristie é um dos exemplos frustrados na minha experiência com literatura), enquanto num gibi descreve-se em apenas um quadrinho.
Neste instante, percebi que era possível passar uma idéia através da imagem, no caso dos HQs era utilizada mais na descrição dos ambientes e personagens, mas existiam casos onde não era necessário o texto (ou o diálogo), a imagem era completa. Com esta idéia de imagem foi que achei uma justificativa para um gosto que eu tinha pela publicidade e a propaganda (impressa ou televisiva) e pela ilustração, também. Eram imagens que completavam uma idéia (em alguns casos continham toda idéia nelas mesmas).
No colégio (2º grau) quase joguei fora toda esta experiência que eu tinha com a imagem, pois este era um curso técnico (em processamento de dados) e eu estava encantado com o computador, e me voltava mais para a programação. Porém, no final do segundo ano, aprendi a trabalhar com softwares gráficos, fiquei fascinado pelo computador, pude aliar àquele gosto quase