Predatoriedade
Fonte: Ambiente Brasil 04/11/02
O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, afirmou no dia 4 de novembro, em Yokohama, Japão, onde participa da 33ª Sessão do Conselho da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO, na sigla em inglês), que uma das prioridades do Brasil é o combate à exploração predatória dos recursos florestais, especialmente madeiras. "Nosso objetivo tem sido sempre o de compatibilizar a melhoria das condições de vida das populações locais com a preservação do imenso patrimônio florestal brasileiro", disse o ministro na abertura da sessão.
Carvalho destacou que, nos últimos quatro anos, o governo brasileiro e a sociedade estão promovendo um amplo processo de rediscussão, avaliação e reestruturação da política florestal. Como conseqüência, explicou, o modelo de gestão está sendo modificado o que envolve medidas como a atualização do Código Florestal, fixando em 80 por cento a área de reserva legal na Amazônia; a aprovação pelo Congresso da Lei de Crimes Ambientais, que estabelece penas severas para os que provocam degradação ambiental; e a criação do Programa Nacional de Florestas, com o objetivo de estimular o uso sustentável dos recursos florestais.
A criação do Pronaf Florestal, que oferece incentivos totais na casa de 80 milhões de dólares para financiar o reflorestamento em áreas de Mata Atlântica por pequenos produtores rurais, é considerada pelo ministro um exemplo da mudança de parâmetros na gestão ambiental brasileira. "Não basta fiscalizar, é preciso oferecer incentivos para a preservação", frisou o ministro.
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Foto: Ibama Floresta Amazônica fica mais pobre a cada ano – Nos últimos anos, o desmatamento na Amazônia Legal perdeu fôlego, mas a floresta amazônica pode estar ficando cada vez mais pobre. Levantamento