Preconceito

A REDUÇÃO DO PRECONCEITO

É possível a criação de mecanismos eficazes para diminuir o preconceito? Apesar da facilidade com que o mesmo é despertado e a dificuldade em encontrar um modelo que integre toda a gama das possíveis causas do preconceito, a resposta é sim. Ou pelo menos, sim, devemos continuar tentando diminuir o preconceito.
Uma das primeiras idéias na busca de soluções veio através da hipótese do contato. Acreditava-se que, aumentando o contato entre brancos e negros, não só iriam diminuir os estereótipos de parte a parte, como na situação forçada do contato acabaria prevalecendo uma interação pacífica inter-racial. Entretanto, o que se observou quando essa hipótese foi colocada em pratica em uma escola foi um inesperado aumento de tensões e conflitos entre crianças brancas e negras.
O curioso é que, anos antes, Deutsh e Collins (1951), observaram uma notável diminuição do preconceito quando brancos e negros tiveram que ocupar moradias integradas. Os moradores desses projetos não-segregados mostraram considerável aumento de atitudes positivas entre si.
Qual a explicação para a diferença entre esses dois episódios? O que se descobriu depois é que a simples interação não é suficiente. Ela tem que se dar num contexto de igualdade de status.

“O preconceito pode ser reduzido em contato entre grupos majoritários e minoritários, desde que os mesmo se dêem em condições de igual status social, e na busca de objetivos comuns. Esse efeito pode ser aumentado se os contatos forem apoiados institucionalmente (leis, costumes, condições locais), e enfatizada a consecução de interesses comuns entre os membros dos dois grupos.”

Não foi o que sucedeu nas escolas, onde nada foi feito de concreto para diminuir as diferenças iniciais de percepção e auto-estima, ou para estabelecer metas em comum. Já no caso das moradias, ambos os grupos detinham de fato o mesmo status social-econômico, o que alijou a ameaça de conflitos intergrupais.
Assim, o contato pode