Preconceito contra gordos
Optamos por escrever a respeito da matéria “Gorda não tem direito a atendimento médico por não se preocupar com a própria saúde” (em anexo) escrita pela jornalista Renata Puskas para o blog Mulherão.
O blog de Renata busca recuperar a autoestima de mulheres que se encontram acima do peso, através de campanhas pela valorização das curvas, ensaios fotográficos, dicas de moda plus size, etc. A matéria acima citada não obteve repercussão na mídia, mas foi amplamente divulgada dentro do universo plus size. Este fato, sozinho, já fundamenta vários aspectos para discussão.
A matéria trata de uma postagem realizada no facebook por uma publicitária afirmando que “(...)gente gorda além de ocupar espaço não se preocupa com a própria saúde.” narrando sua visita a um hospital público e colocando a culpa do atendimento ruim que recebeu no fato de uma paciente obesa ter sido atendida logo antes dela: “(...)o médico que olha pra gente com cara de saco cheio pq a gorda já encheu bem o saco dele.”.
Renata levanta a questão do preconceito e pede respeito ao próximo e às suas diferenças. Após assistirmos ao filme 1900 – Homo Sapiens, surgiu uma questão: O conceito da Eugenia ainda pode ser encontrado em 2013? Acreditamos que sim. O radicalismo, a imposição dos governos sobre a reprodução dos homens, a experimentação genética e médica não são mais encontrados, mas a ideia de uma aparência física ideal se perpetua.
Os ideais de beleza defendidos hoje ainda são muito semelhantes aos padrões nórdicos, arianos citados no filme. A ditadura da magreza e a supervalorização dos padrões de beleza transmitidos pela mídia fazem com que milhares de pessoas se sintam inadequadas e busquem, incessantemente, alcançar tais padrões. A experimentação genética deixou de existir, mas deu lugar a cirurgias plásticas, produtos para clarear e alisar cabelos, maquiagens, vícios em drogas ou atividades físicas e distúrbios alimentares.
As pessoas se submetem a